Ela sabia, aquela poderia ser uma briga qualquer como tantas outras que tiveram ao longo da relação, mas ele disse aquelas palavras, aquelas que ferem, e disse de um jeito que nunca havia dito antes. Ela pensou que talvez fosse sua sensibilidade aguçada que estaria atrapalhando a interpretação das palavras. Pensou melhor e reparou que não haviam trocas de gentilezas ali, enquanto as palavras dele continuavam a jorrar sobre ela, foi como se agora passasse a observar de fora a discussão.
- Você só sabe falar besteiras! Enche o saco! Me deixa! - Ele continuava a machucá-la.
O olhar dela, agora vago, parecia não querer enxergar a cena, aquelas palavras foram diretamente em seu coração mais afiadas que lâmina nova e tudo o que ela pôde fazer foi deixar a lágrima escorrer enquanto os pensamentos e a desilusão transbordavam pelo seu corpo. Será que ele não percebia que aquilo causaria dor? Ele que tanto pedia colaborações da parte dela para que tudo fosse bem entre eles, nunca se propôs a mudar...
Será que amanhá tudo ficará bem?
Ela já não sabia responder a essa pergunta. Não sabia se seu amor permaneceria intacto depois de tantas palavras soltas. Ela percebeu que ele era o tipo de pessoa que consegue demonstrar sua raiva, mas não seu amor... Por que logo com ela? Ela que sempre sonhou com amores de livros e músicas percebeu que sua realidade estava muito distante disso tudo.
As diferenças começaram a gritar. Ela tentando dar o ser melhor, ser companheira, ser inteira, ser de verdade, lutando para que fossem sempre maduros e coerentes, e ele, ainda querendo ser menino, e só. Ele tinha muito a aprender e ela já não sabia se podia esperar por isso.
Ela decidiu partir, ir em busca de outra vida, de outro alguém, ali já não era seu lugar, cansou de tanta dor. Mas ao mesmo tempo sentia que não queria abrir mão dele. Houveram tantos momentos bons que ela julgara serem de amor e de cumplicidade.
Por um momento passou pelos pensamentos dela que ela poderia ter tido durante todo esse tempo uma interpretação errada do que seria o amor. Este sentimento definitivamente não é feito somente de sorrisos... Ela já havia chorado por ele e com ele antes... Já havia sofrido por situações que depois foram consertadas, já havia perdoado erros perdoáveis, já havia até dito que o odiava (da boca pra fora, claro) e o amor sempre ficou ali, nunca foi embora.
Ele olhou para ela com aqueles olhos pequenos que ela adorava, disse que não queria ter dito aquilo, que ela era seu amor verdadeiro. Ela engoliu o choro, prometeu ser menos sensível e caiu nos braços dele, num abraço que uniu suas almas e decidiu ficar, aceitando as diversas facetas do amor que pairavam sobre eles.
Ela decidiu partir, ir em busca de outra vida, de outro alguém, ali já não era seu lugar, cansou de tanta dor. Mas ao mesmo tempo sentia que não queria abrir mão dele. Houveram tantos momentos bons que ela julgara serem de amor e de cumplicidade.
Por um momento passou pelos pensamentos dela que ela poderia ter tido durante todo esse tempo uma interpretação errada do que seria o amor. Este sentimento definitivamente não é feito somente de sorrisos... Ela já havia chorado por ele e com ele antes... Já havia sofrido por situações que depois foram consertadas, já havia perdoado erros perdoáveis, já havia até dito que o odiava (da boca pra fora, claro) e o amor sempre ficou ali, nunca foi embora.
Ele olhou para ela com aqueles olhos pequenos que ela adorava, disse que não queria ter dito aquilo, que ela era seu amor verdadeiro. Ela engoliu o choro, prometeu ser menos sensível e caiu nos braços dele, num abraço que uniu suas almas e decidiu ficar, aceitando as diversas facetas do amor que pairavam sobre eles.