Daqui até a eternidade

Decidimos relembrar tudo o que passamos juntos. Afinal, já são mais de quatro anos e os dias cismam em passar tão depressa que não nos dão tempo de refletir sobre todas as situações compartilhadas...

Deparei-me com nós dois sentados olhando fotografias, vídeos e cartas que trocamos durante todo esse tempo, toda nossa história e nosso amor ali diante de nossos olhos e de nossos corações. Ficamos sem falar nada, permitimo-nos ficar ali sentindo toda a vibração que rondava nosso sentimento, e alcançamos uma outra dimensão.Entre olhares ficamos inofensivos diante da grandeza do que temos, vimos que amadurecemos juntos, aprendemos tantas coisas, e nunca deixamos de cuidar do que é mais precioso, nosso amor. Rimos ao lermos as primeiras palavras que enviei para ele, era eu uma garota de 14 ou 15 anos descobrindo como é ter alguém pra chamar de seu, tantas vezes parecendo exagerada ou tola no modo de expressava-se, e hoje, chegando aos 20 percebo que de certa forma, a inocência daquele sentimento permanece em mim, mas de uma forma diferente, cada vez mais profunda, em um processo constante de amadurecimento. Não, não, corrijo-me agora: Deseje-o ainda mais hoje em dia, na plenitude da aurora da vida, vislumbro ele ao meu lado, dividindo emoções, responsabilidades e um futuro que aproxima-se cada vez mais de nós.

Não temo, confio no que sentimos, no que foi entregue para nós, já construímos a nossa base e continuaremos a erguer nossas paredes, não paredes que aprisionam ou sufocam, mas paredes que façam com que saibamos que teremos um lugar para nos abrigar. E que esse lugar seja dentro um do outro.

Quando fecho os olhos e faço um pedido com fé, peço que daqui há muitos anos ainda possamos olhar antigas fotografias e ter a certeza de que está tudo intacto: o amor, o olhar apaixonado e a certeza de que queremos ter um ao outro enquanto respirarmos.